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quarta-feira, 17 de abril de 2013

36 semanas

- oi leo, tô grávida!

De repente (já faz um tempo), no meio de uma carona até a biblioteca, minha melhor amiga joga essa notícia no seu colo, sem abraços. Eu, meio anestesiado com a notícia, desconfio, lembrando que ela já havia brincado algumas vezes com supostas gravidezes. Mesmo assim já quero saber o sexo, ir pra loja de roupas e brinquedos infantis mais próxima, confeccionar brinquedos, comprar livros, aprender a costurar pra fazer roupinhas. Ela, também anestesiada, só quer a confirmação da ultrassom, para daí sim poder sorrir aliviada, mas também se preocupar, traçar os novos planos.

Não é fácil engravidar no meio da graduação (e isso piora quando se é bolsista), justo no ano do primeiro estágio; os planos começam a fugir do nosso controle e suas prioridades acabam se transformando e ganhando um nome e um rosto.

Falo assim porque às vezes parece que engravidei com ela. Brinco que talvez seja uma gravidez psicológica, só pra poder acompanhá-la e, por vezes, ganhar os mimos e chamegos que por direito grávidas merecem. Só isso. Dispenso dores, enjoos e exaustivos exames e chutes.

Nunca tinha acompanhado uma gravidez tão de perto, então tudo acaba sendo novidade. Pra ela, que já é mãe de segunda viagem, não.

A espera pela descoberta do sexo, essa eterna angústia, tem sido uma das piores partes - pelo menos pra mim - principalmente quando você convive com uma grávida já de seis meses, que não sabe o sexo do bebê e tem que responder a mesma pergunta o dia todo, exaustivamente: é menino ou menina?

A parte boa é que enquanto ela não descobre o sexo, vamos criando, inventando e nomeando a criança das mais diferentes e bizarras formas. Mas eu ainda insisto que, caso seja menina, ela deve se chamar Dulce Maria. Não é uma graça?

Falando dessa espera de descobrir o sexo do bebê, descobri há algum tempo que meus pais optaram por só saberem o sexo do meu irmão e meu depois que a gente nascesse. Segundo minha mãe, pra ela só importava que fossemos saudáveis (ou seja, gordos e corados), não importando nosso sexo. Me derreti de amores; é tão lindo saber que pra seus pais pouco importa o que você é, desde que você seja feliz e saudável (assim espero).

Mas voltando pra gravidez da Amanda, falta pouco para descobrirmos o sexo, como também falta pouco (só mais doze semanas - é isso, Amanda?) pro bebê nascer. Daí sim rotina nova, choro, fraldas, mamadeiras, chocalhos, mordedores, canções de ninar e bajulação transbordarão pela cidade toda, merecidamente.

4 comentários:

amanda. disse...

AI TO CHORANDO AQUI :~

amanda. disse...

fala SÉRIO agora; é muito legal ter você assim, tão próximo. a minha primeira gravidez eu passei ber perdidona, envergonhada com as amigas (muitas delas sumiram quando eu negava os convites de bebedeiras) e etc. agora é TUDO diferente, né?
apesar da correria, das crises de choro porque "meu deus não vou dar conta de tudo", ta sendo muito muito muito importante ter a ajuda e apoio e empolgação de gente fora da família (que tem obrigação de se empolgar né POR FAVOR haha).

obrigada mesmo.
MESMO.
;D

.:.A Luciana.:. disse...

é um meniiiiiiiiiiiiiino, hoje a gente já sabe. Tá todo mundo grávido com a Amanda, mas você é o mais grávido ahahahahahahh.

E não, Dulce Maria não é uma graça. Ponto.

Mariana* disse...

Preciso dar os parabéns pra Amanda!! Cada vez que uma pessoa fica grávida me alivio do peso de eu nunca querer isso. :)